Receios e ideias falsas relativas à Autocompaixão
Autocompaixão é uma forma de autopiedade
A autocompaixão lembra-nos que toda a gente sofre (humanidade comum) e não exagera o sofrimento (atenção plena), assim não é uma atitude "coitadinho de mim".
A investigação mostra que as pessoas que praticam a autocompaixão têm maior probabilidade perspectivar os problemas em vez de se focarem unicamente no seu problema. Também têm menor probabilidade de ruminar em como a vida é difícil.
Autocompaixão é fraqueza
A autocompaixão é uma força que oferece resiliência face à dificuldade.
A investigação mostra como as pessoas que praticam a autocompaixão são mais capazes de lidar com situações difíceis como o divórcio, trauma ou dor crónica.
Autocompaixão é egoísta
Quando nos incluímos no círculo da autocompaixão, o nosso sentimento de separação atenua-se.
A investigação mostra que as pessoas que praticam a autocompaixão tendem a ser mais carinhosos e um melhor apoio nas suas relações românticas, são mais susceptíveis de fazer compromissos nas suas relações conflituosas e são mais compassivos para com os outros.
Autocompaixão é autoindulgente
A autocompaixão deseja a saúde de longo prazo, não o prazer de curto prazo (tal como um pai compassivo não deixa o seu filho comer todos o gelado que ele quer mas diz "come os legumes").
A investigação mostra que as pessoas que praticam a autocompaixão têm comportamentos mais saudáveis como praticarem desporto, comerem bem e consultarem um médico com maior regularidade.
Autocompaixão é uma forma de se desculpar
A autocompaixão proporciona a segurança necessária para admitir que erraram em vez de porem as culpas noutra pessoa.
A investigação mostra que as pessoas que praticam a autocompaixão responsabilizam-se mais pelas suas acções e têm maior probabilidade de pedir perdão se tiverem magoado alguém.
Autocompaixão mina a motivação
A maior parte das pessoas acredita que a autocrítica é um motivador eficaz, mas na verdade mina a autoconfiança e leva ao medo de falhar.
A motivação com a autocompaixão nasce dum desejo de saúde e bem estar. Proporciona o ambiente de segurança emocional necessário à mudança.
Pode ser útil considerar o impacto motivacional de uma crítica dura versus um apoio carinhoso para suportar este ponto.
A investigação mostra que as pessoas que praticam a autocompaixão não são menos exigentes, apenas não se autoflagelam quando falham. Tal faz com que tenham menos medo de falhar e tenham maior probabilidade de tentar de novo e persistir nos seus esforços após terem falhado.
Fonte: Christopher Germer & Kristin Neff. Mindful Self-Compassion. Junho2017. Todos os direitos reservados.